ou: um sonho dentro de um sonho, dentro de um sonho, dentro de um sonho.
A Origem (Inception)
Diretor: Christopher Nolan
Elenco: Leonardo di Caprio, Ellen Page, Ken Watanabe, Marion Cotillard, Tom Hardy
Escrito por: Christopher Nolan
EUA, 2010
Nota no IMdB: 8.9
Christopher Nolan, há alguns anos apenas um diretor e roteirista pouco conhecido, conseguiu convencer produtores a levar Batman de volta aos cinemas após o fracasso de "Batman e Robin" (1997). Em 2005 estreou o elogiado e bem-sucedido "Batman Begins", com Christian Bale no papel principal tratando de dilemas como medo e dualidade, temas até então inexplorados na série. Três anos depois, colocou Heather Ledger como o Coringa em um papel marcante em "Batman: Cavaleiro das Trevas", o último da vida do ator. Um diretor afeito a produções experimentais comandou as sequências que se tornariam sucesso de público e crítica sobre o heroi dos quadrinhos. Os produtores que relutaram em recriar o universo de Gotham City após o hiato de oito anos desde o filme de Joel Schumacher não se arrependeram. Estavam em boas mãos.
A Origem (Inception)
Diretor: Christopher Nolan
Elenco: Leonardo di Caprio, Ellen Page, Ken Watanabe, Marion Cotillard, Tom Hardy
Escrito por: Christopher Nolan
EUA, 2010
Nota no IMdB: 8.9
Christopher Nolan, há alguns anos apenas um diretor e roteirista pouco conhecido, conseguiu convencer produtores a levar Batman de volta aos cinemas após o fracasso de "Batman e Robin" (1997). Em 2005 estreou o elogiado e bem-sucedido "Batman Begins", com Christian Bale no papel principal tratando de dilemas como medo e dualidade, temas até então inexplorados na série. Três anos depois, colocou Heather Ledger como o Coringa em um papel marcante em "Batman: Cavaleiro das Trevas", o último da vida do ator. Um diretor afeito a produções experimentais comandou as sequências que se tornariam sucesso de público e crítica sobre o heroi dos quadrinhos. Os produtores que relutaram em recriar o universo de Gotham City após o hiato de oito anos desde o filme de Joel Schumacher não se arrependeram. Estavam em boas mãos.
Nolan já tinha apresentado seus métodos em "Amnesia" (Memento), no qual a linearidade da história é abandonada para acompanhar o drama que acomete o protagonista, vivido por Guy Pearce, um homem que perde a capacidade de adquirir novas memórias.
A mais recente produção de Nolan, entretanto, atinge um extremo narrativo singular, que trafega novamente entre as bordas da memória e do real. "A Origem" (Inception) transporta o espectador para realidades paralelas construídas dentro dos sonhos dos personagens. Mais que isso, os próprios sonhos são intrincados em outros sonhos, deixando para quem assiste a surpresa da descoberta de elementos concretos para distinguir, de fato, um sonho do outro e da realidade.
O objetivo disso tudo não é nada politicamente correto. Leonardo di Caprio (Cobb) constrói realidades paralelas para roubar ideias enquanto as vítimas são induzidas ao sono. Até que recebe uma proposta para inverter a operação: ao invés de retirar uma ideia, deverá plantá-la, para mudar os rumos de disputas empresariais. Este fato traz à tona acontecimentos trágicos da vida de Cobb, que ajudam o espectador a entender as motivações e métodos de trabalho do personagem.
Para o diretor/roteirista "construir" mundos paralelos dentro dos sonhos, utiliza uma equipe de especialistas para recriar realidades. Há o químico responsável pela sedação, os atores do sonho e a arquiteta (Ariadne, vivida por Ellen Page, em atuação destacada) responsável por desenvolver labirintos (figurados) e as cidades (literais) que são retratadas.
Com fôlego narrativo impressionante, há que se destacar como o filme analisa a relação entre tempo e espaço (a cada nível de sonho, a sensação é distinta, bem como a percepção da duração dos acontecimentos) e também as descobertas da arquiteta. Quando percebe que em uma realidade virtual tudo pode desobedecer às leis físicais, Ariadne literalmente enverga prédios, ruas e nossos sentidos, em tomadas de tirar o fôlego.
"A Origem" ganhou quatro Oscars em 2011 - nas categorias técnicas de melhor Fotografia, Efeitos Visuais, Edição de Som e Mixagem de Som. O filme mais intrigante do ano merecia mais, inclusive por ter concorrido como Melhor Filme, Roteiro Original, Trilha Sonora Original e Direção de Arte.
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